Flutuo, de olhos fechados e um sorriso sinistro na minha face demonstra, na realidade, puro prazer. Sinto-me pesar o peso do ar que respiramos, como se fizesse parte dele. O ar frio que toca a minha pele não me arrepia nem arrefece. Continuo assim por segundos, esqueçendo-me por completo do sítio onde estou e do que estou a fazer. Penso em tudo como um todo, sem excepções, sem tristezas. O sorriso permaneçe.
Abro os olhos. Apercebo-me que ando na rua, numa noite de Inverno, com as mãos nos bolsos do casaco e auscultadores nos ouvidos. Olho para o céu. Estrelado. Limpo. Ou pelo menos o mais limpo que se pode ter numa zona citadina. Sorrio de novo. A rua está deserta. Apenas algumas luzes de algumas casas estão acesas, mas ninguém se encontra à janela ou na varanda. Está tudo de mantinha no sofá, a ver televisão - penso eu -, enquanto eu tenho um dos meus melhores momentos solitários e talvez até deprimente.
Volto a fechar os olhos sem perder a noção de que andava em direcção da casa do meu namorado. "We are the innovators, they are the imitators" é a frase que entoa na minha cabeça e que eu trauteio no mesmo momento em que a oiço. A sensação de leveza continua a dominar o meu corpo.
Com o caminho já no fim, continuo a aproveitar aquele momento. Chego a sua porta, ando na sua direcção e, no momento em que retiro os auscultadores dos ouvidos, tudo pára. Eu caio na realidade. Ele recebe-me de sorriso nos lábios e com um beijo à minha espera. O meu mundo. O nosso mundo. Com alguns momentos mais zen à mistura.
http://www.youtube.com/watch?v=5OMpaFvTOFk - a culpa é tua.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
porque, porque, porque... Olha porque sim e ponto final.
Chuva, chuva e mais chuva. Se gosto? Sim, quando estou sentada no sofá no quentinho, ou quando estou deitada (e bem acompanhada) na cama a ver um filme ou uma série. Assim sim. E foi isso que fiz hoje. Como verdadeira desempregada sem rumo na vida, juntei-me com o meu namorado e entretemonos com séries e jogos (sim somos mesmo crianças) enquanto lá fora chovia a potes. E sou feliz assim. Era capaz de viver daquela maneira para sempre. Porque pensar nele me provoca sorrisos em momentos constragedores, porque ao olhar para ele me sinto protegida e, como naquele anúncio, aqueles olhos me transmitem que "aqui vou ser feliz". E porque sim. Porque o amo cada vez mais, a cada dia que passa. Porque ele é meu e aqueles olhos verdes também o são. Sim, eu sou realmente obcecada pelos olhos dele. Se os vissem compreendiam. Porque ele é perfeito e é perfeito para mim. Porque o abraço dele não é um abraço daqueles que mal se sentem, é um abraço que me aperta e por vezes me sufoca, mas ainda bem que assim é. Porque ele aceita as minhas taras malucas, sabendo que são malucas. Porque o toque dele na minha pele me aqueçe, mesmo quando está gelado. Porque gosto de sentir a respiração dele no meu pescoço e nas minhas costas. Porque gosto dele de qualquer maneira.
E pronto, já chega, porque acho que já chega de justificações. Isto tudo para falar do tempo.
P.S: E o Natal, já chegava?
E pronto, já chega, porque acho que já chega de justificações. Isto tudo para falar do tempo.
P.S: E o Natal, já chegava?
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