terça-feira, 9 de março de 2010

tou-te com um pó que nem sabes.


Interesses, interesses, interesses. Mais? Bem me parecia. Quando sinto que sirvo apenas para lhe arranjar trabalhos já feitos (por mim), para que não tenha trabalho, encho-me de raiva, de tanta raiva que até tenho vontade de bater em qualquer coisa. É nestas alturas que tenho vontade de gritar. Soltar a minha voz até ficar sem ela. Porque é que alguém, a quem eu tanto dei de mim, parece que simplesmente me usa? Não sei. Não chego a perceber se me usa ou se simplesmente se passou, se tem um síndrome de bipolarismo ou se anda alguma atrás dele. Não sei. Não consigo chegar a nenhuma conclusão.
Mas tu conheçes-me. Ahh se me conheçes. Provavelmente sabes tanto de mim, tanto ou mais do que eu própria e isso ainda consegue deixar-me surpreendida.
Totó.
Piroso? Infantil? Simplesmente pavoroso?
Sim, é isso tudo. Mas também era o que ele gostava de me chamar e fazia-o de uma maneira que só ele sabia, carinhosa, que mostrava o amor dele por mim, simplesmente por me chamar "elástico". E tudo o que eu precisava era ser chamada de algo-que-se-usa-para-apanhar-o-cabelo para eu ficar feliz o resto do dia. Aquilo era quase como um "amo-te" para nós os dois.

Hoje, quando simplesmente me usaste, eu respondi à letra e tu percebeste. Quando te despediste, chamaste-me "totó". Cabrão. Queres que eu não fique de trombas, que eu não me zangue, simplesmente porque me chamaste totó? Andas a comer gelados com a testa só pode. Olhei para o ecrã e respondi "até logo", seca, dura e indiferente, mesmo para tu entenderes. Enquanto escrevi essas duas palavras pensei e quase transpus para o computador "vai à merda seu cabrão, tu não mereçes nem um terço do que te dou.". Mas controlei a minha raiva, escrevi aquelas duas palavrinhas tão simplórias e carreguei no enter. Respirei fundo. És tão parvo que até me dá vontade de te espancar.
O grande problema que surge na minha cabeça é: enquanto que agora quero bater-te, de tanta raiva e ódio que tenho por ti, pelo que me fizeste, pelo que me fazes, pelo que me possas estar a fazer neste preciso momento e pelo que ainda me possas vir a fazer, daqui a cinco minutos, uma hora, ou amanhã de manhã, vou desejar um beijo teu, uma mensagem tua, uma festa no meu braço, um vislumbre do teu sorriso, o toque do teu calor em mim, os teus lençóis, o teu quarto, qualquer coisa. Qualquer coisa que me complete por meros segundos.
Meros segundos que duram simplesmente meros segundos. Porque depois a raiva e o ódio surgem de novo, a insegurança apodera-se da minha mente e fico de neura. Sem paciência para nada nem ninguém. Sabes o que me vale? Sabes? Nem imaginas. Pensavas tu que eu era uma zé-ninguém. Sim, são os meus amigos que me valem (e uns quantos rapazes engraçados). Posso dizer-te que quando estou com eles - ahahah - tu não existes. E era tão bom que fosse sempre assim. Que nunca tivesses existido. Desejo isso, pura e simplesmente, para não ter de sofrer o que sofro agora.


Porque é que raio eras perseguido por todas as miúdas da escola (mas que fique bem claro que ele não é bonito, não é alto, não é nada de especial. mas há gostos para tudo... (oops...)) e eu, que era das poucas que não te achava piada nenhuma, te atraí? Porque é que eu, com os meus lindos 14 anos aceitei namorar contigo?



Eu era mesmo muito pita.

2 comentários:

solta-te