Interesses, interesses, interesses. Mais? Bem me parecia. Quando sinto que sirvo apenas para lhe arranjar trabalhos já feitos (por mim), para que não tenha trabalho, encho-me de raiva, de tanta raiva que até tenho vontade de bater em qualquer coisa. É nestas alturas que tenho vontade de gritar. Soltar a minha voz até ficar sem ela. Porque é que alguém, a quem eu tanto dei de mim, parece que simplesmente me usa? Não sei. Não chego a perceber se me usa ou se simplesmente se passou, se tem um síndrome de bipolarismo ou se anda alguma atrás dele. Não sei. Não consigo chegar a nenhuma conclusão.
Mas tu conheçes-me. Ahh se me conheçes. Provavelmente sabes tanto de mim, tanto ou mais do que eu própria e isso ainda consegue deixar-me surpreendida.
Totó.
Piroso? Infantil? Simplesmente pavoroso?
Sim, é isso tudo. Mas também era o que ele gostava de me chamar e fazia-o de uma maneira que só ele sabia, carinhosa, que mostrava o amor dele por mim, simplesmente por me chamar "elástico". E tudo o que eu precisava era ser chamada de algo-que-se-usa-para-apanhar-o-cabelo para eu ficar feliz o resto do dia. Aquilo era quase como um "amo-te" para nós os dois.
Hoje, quando simplesmente me usaste, eu respondi à letra e tu percebeste. Quando te despediste, chamaste-me "totó". Cabrão. Queres que eu não fique de trombas, que eu não me zangue, simplesmente porque me chamaste totó? Andas a comer gelados com a testa só pode. Olhei para o ecrã e respondi "até logo", seca, dura e indiferente, mesmo para tu entenderes. Enquanto escrevi essas duas palavras pensei e quase transpus para o computador "vai à merda seu cabrão, tu não mereçes nem um terço do que te dou.". Mas controlei a minha raiva, escrevi aquelas duas palavrinhas tão simplórias e carreguei no enter. Respirei fundo. És tão parvo que até me dá vontade de te espancar.
O grande problema que surge na minha cabeça é: enquanto que agora quero bater-te, de tanta raiva e ódio que tenho por ti, pelo que me fizeste, pelo que me fazes, pelo que me possas estar a fazer neste preciso momento e pelo que ainda me possas vir a fazer, daqui a cinco minutos, uma hora, ou amanhã de manhã, vou desejar um beijo teu, uma mensagem tua, uma festa no meu braço, um vislumbre do teu sorriso, o toque do teu calor em mim, os teus lençóis, o teu quarto, qualquer coisa. Qualquer coisa que me complete por meros segundos.
Meros segundos que duram simplesmente meros segundos. Porque depois a raiva e o ódio surgem de novo, a insegurança apodera-se da minha mente e fico de neura. Sem paciência para nada nem ninguém. Sabes o que me vale? Sabes? Nem imaginas. Pensavas tu que eu era uma zé-ninguém. Sim, são os meus amigos que me valem (e uns quantos rapazes engraçados). Posso dizer-te que quando estou com eles - ahahah - tu não existes. E era tão bom que fosse sempre assim. Que nunca tivesses existido. Desejo isso, pura e simplesmente, para não ter de sofrer o que sofro agora.
Porque é que raio eras perseguido por todas as miúdas da escola (mas que fique bem claro que ele não é bonito, não é alto, não é nada de especial. mas há gostos para tudo... (oops...)) e eu, que era das poucas que não te achava piada nenhuma, te atraí? Porque é que eu, com os meus lindos 14 anos aceitei namorar contigo?
Eu era mesmo muito pita.
que se passou mulher?
ResponderEliminarGostei :)
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