terça-feira, 25 de janeiro de 2011

moments

Ele pronunciou a minha frase favorita - eu amo-te. Eu sou uma rapariga complicada e pareço até fria por vezes, mas basta-me ouvir aquelas cinco letras para derreter que nem um gelado ao sol num dia de calor intenso. E por falar nisso, este frio já começa a irritar-me, tenho saudades dos dias em que bastava vestir umas calças e um top, ou simplesmente um vestido e calçar umas sandálias e mesmo assim ter calor à sombra. Mas já estou a fugir do assunto. Depois de me sussurrar aquela frase seguiu-se um daqueles momentos de paixão. Daqueles em que nos deitamos e adormeçemos a pensar naquilo. Os braços grandes dele a envolverem-me e a protegerem-me. O seu cheiro inconfundível a homem, mas doce ao mesmo tempo. A barba a picar-me as bochechas deixando-me não só a pele irritada como, por vezes, até a mim, mas que no fundo é uma sensação tão boa. Os olhos dele, como o olhar de um menino, verdes, radiantes a olhar para mim, a transmitir-me todo o seu amor através deles, não precisando assim sequer que ele fale para eu saber o que lhe vai na alma. O toque da ponta dos seus dedos em todo o meu corpo arrepiam-me. Os seus beijos suculentos e tão saborosos ao sentir aqueles lábios carnudos e a timidez da sua língua.
Depois de todo esse romântismo e de muita conversa o sono foi mais forte do que a nossa vontade de estar acordados. Adormeçi deitada no peito dele, quente como sempre, envolta nos seus braços. Estavamos tão confortáveis que quando acordámos já tinham passado duas horas.
Ele foi-se embora. Mas nem eu nem ele queríamos que fosse assim. Devíamos estar sempre assim, juntos. Chegar a casa, adormeçermos e acordarmos juntos. Contudo, somos apenas uns miúdos e, por algum tempo, isso será apenas uma miragem.

Qualquer das maneiras meu amor, eu amo-te.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

são 15 euros e 30 cêntimos. Bom dia, muito obrigada.

Depois de uma grande tarde com as minhas amigas e um serão com o namorado, chego a casa, tomo banho e vou para a cama porque às 7h30 do dia seguinte eram horas de acordar para ir trabalhar. Depois de voltas e voltas na cama, zappings sem fim, lá adormeço.
Acordei hoje cheia de frio, por isso pus a roupa no aquecedor enquanto me arranjava. Comi um belo de um chocapic com leite quentinho e assim que espertei dei por mim a cantarolar pela casa fora.
Nervosa por ir para um sítio novo, saio do carro e entro no supermercado já cheio de colegas meus que também foram lá colocados. Ninguém que conhecesse, até gente que dispensava ver estava lá. Depois de 10 minutos em frente às caixas em pé, a gerente vem falar connosco e mostra-nos a casa. Cacifos para 4 pessoas. Oh não! Olhei para umas senhoras que deverão rondar a idade dos meus pais e perguntei se podia dividir com elas. "Claro que sim filha!" disseram elas prontamente. Os balneários são minúsculos, existe uma chave para 5 pessoas. Uma confusão total. A ideia de não ter o meu espaçinho fechado a cadeado por quase 3 meses arrepia-me. Mas conformei-me. Gelado em todo o lado, lá me colocaram numa caixa e passados uns minutos de lá estar começei a atender clientes. O tempo passou a correr, com frio nas mãos.
Chegada a minha hora de saída, fui buscar os meus pertences e dei de frosques.
Esfomeada, almoçei um belo bife de peru com esparguete como se não comê-se à semanas.
Em seguida parti um copo, enquanto tirava a loiça lavada da máquina - foda-se, só faço merda. Mas o sentimento passou rapidamente.
Agora acabo de arrumar o meu quarto e saio porta fora, de novo para o frio, para uma bela tarde com o meu Homem de barba rija.
Adeus!

sábado, 22 de janeiro de 2011

As férias acabaram e o trabalho vai voltar em força. Formações (em que quase explicam como matar um porco), horários prolongados ao fim de semana... Mas tudo por uma boa causa, porque "Somos os melhores empregados da Europa". Pois claro, vou fingir que acredito. Quero é ganhar uns tostões para assim conseguir andar com a minha vida. Bem aí está um lado positivo. Porque vou fazer mais horas aos fins de semana, presumo que também venha mais para o meu bolso.
Enfim, segunda feira lá vou eu trabalhar com um grupo de pessoas que não conheco de lado nenhum.
Resumidamente a minha vida tem sido ver televisão, séries, jogar que nem um nerd, ler um bocadinho, estar com o namorado quando este está livre e ir beber uns cafézinhos com elas. E como me soube bem estas duas semanas assim. Foi como recuperar um tempo que julgava já estar perdido, como uma arca pequenina de tesourinhos, que por serem meus, são deprimentes, mas mesmo assim tão bons.
O meu sono também tem sido bastante atribulado. Sonhos inquietantes envolvendo gatos que não me largam (e eu simplesmente odeio gatos), situações embaraçosas e pessoas que, para mim, não têm qualquer interesse e que, se possível, podiam nem me aparecer a frente. Mas sonho é sonho e como se costuma dizer, se se conta não acontece.. E é isso que eu faço, conto, para ter a certeza de que não acontece. E também para rir da parvoíçes que costumam ser os meus sonhos.
Para a semana vai ser a doer, mas como diz o ditado "quanto mais me bates, mais eu gosto de ti".

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

e depois perdeu o sapatinho de cristal, mas enquanto o procurava viu uma maçã envenenada no caminho e comeu-a.

Reza a lenda que Era uma Vez que tinha príncipio, meio e fim, e que viveram felizes para sempre.



Feliz 2011 (: