terça-feira, 6 de abril de 2010

mister colombass

Não o conheço pessoalmente, está sempre a olhar para mim no autocarro, mas não me responde no site de rede social. Há quase duas semanas que não o vejo e tenho saudades dele. Como é possível? Como é possível se eu e ele nunca trocámos nem que fosse um olá pessoalmente, se o que há, unicamente, é uma espécie de birrinha entre os dois, uma birrinha de miúdos, mas a que ele não resiste. Olhares, estamos a falar de olhares. E estamos a falar do fofinho.
Ultimamente, até nos meus sonhos aparece. Ultimamente, penso mais nele do que no meu ex-namorado. O que é estranho. Mas depois apercebo-me que já lá vai mais de meio ano desde que nos separámos e, embora nos encontremos e, por vezes, esses encontros se tornem um pecado capital, está cada vez mais longe do meu pensamento, enquanto um outro rapaz, mais novo do que eu, a quem eu não conheço pessoalmente, ocupa o seu lugar.
Um dia ainda me vou rir, porque vou conheçer esse fofinho e não vou gostar. Aí vou ficar de novo de mãos a abanar.

By the way, hoje ia no comboio e, junto a mim e às minhas amigas, vinha um rapaz com uma cara tão querida que eu e a Maria estávamos sempre a olhar para ele. Quando nos levantámos para ir embora, ele olhou para nós. Não sei como nem porquê, deu-me um vaipe (vaipes que deviam acontecer com o fofinho, mas não acontecem.) e disse-lhe adeus. Ora, saí do comboio com elas a rir que nem uma miúda de 14 ou 15 anos. E eu estou prestes a fazer os 18, friso. A verdade é que o rapaz também nos deve ter achado piada, porque quando o comboio arrancou, ele fez-nos adeus. E assim, fomos as três (da vida airada, cocó, ranheta e a facada - Quem é quem?) felizes da vida para casa.


FIM.




(Cocó - moi, porque a toillette «preferida» das minhas amigas chama-se cocó. Agora digam-me lá: Porque será?; Ranheta - Pattonha, porque, graças a deus, ela tem ranho no nariz.; Facada - Maria, porque ela é a caril e mora na tapada.)

Sem comentários:

Enviar um comentário

solta-te