quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hoje digo-te como estou.


A nostalgia e a saudade assolam o meu coração. A felicidade e a sensação de plenitude também. -
Eh lá, estamos muito líricos hoje.


Pelos vistos. -
Plena?

Acho que sim. -
Achas?

Sim. -
Pois achas.

Como é que sabes? -
Porque sei. Apenas e só, sei. Faço parte de ti, lembras-te?

Lembro. -
Por isso, sei que essa tal sensação de plenitude não é assim tão verdadeira. Porque a nostalgia e a saudade que sentes não te deixam sentir plena. Porque te aproximas sempre de algo que te faz ficar ainda mais nostálgica. Um sítio, uma casa, um aroma, uma fotografia.

Sabes tão bem... -
Pois sei. Não te esqueças que eu sou os teus olhos. Vejo tudo o que tu vês.

E sentes o que eu sinto. -
E sei como tu sentes, precisamente neste momento, como te sentias ontem, há umas horas atrás e saberei como te sentirás amanhã e depois de amanhã...

O teu passado prende-te. Anseias pelo futuro, mas esperas que ele se relacione com o teu passado. Não podes ficar à espera disso Magda. Já te disse uma vez, pelos vistos ainda não compreendeste. Vai demorar até o compreenderes. Avança e não esperes. Não fiques à espera que tudo o que tu queres neste momento aconteça. Não cries falsas esperanças.
Não... -

Eu sei que vais criar. Eu não posso fazer nada. Mas vive.
Se sou masoquista é porque sou masoquista, se sou feliz é porque sou feliz. Decide-te. -

Está bem. Desculpa. Sê feliz então.
Obrigada. -




Amanhã digo-te como estás.

1 comentário:

solta-te