domingo, 10 de janeiro de 2010

Vivo

Vejo na minha janela as nuvens a correr o céu e a tentarem varrer as àrvores do cimo do monte. Elas correm depressa, como se fugissem de algo. Eu também gostava de poder fugir, de conseguir fugir. Fugir apenas de algo que me persegue a uma velocidade estonteante e todos os dias caça mais um pouco de mim. Como as àrvores que vão sendo varridas, folha por folha, ramo por ramo, que vão sendo arrancadas aos poucos, deixando a sua essência de lado e apenas se preocupando em sobreviver.
Eu sobrevivo. Também vivo, é verdade. Mas sinto que a maior parte do tempo simplesmente sobrevivo.


Agora chove e com um simples raio de sol, que passa despercebido aos olhos dos humanos, à minha frente o arco-íris aparece. Um arco-íris tímido, que apenas me sorriu por alguns segundos, pois logo de seguida se escondeu de novo no seu mundo.

É em alturas como esta que eu vivo.

1 comentário:

  1. É pá sim senhor...

    estou mesmo a gostar dos teus sentimentos profundos...xD

    AMEI!

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