sábado, 16 de janeiro de 2010

Tenho Queda.

A minha grande capacidade chama-se queda. Alguém me disse que quando nascemos, Deus nos dá uma qualidade, capacidade para fazer algo. Pelos vistos quando eu nasci foi essa a capacidade que Deus me deu.
Eu não sou religiosa, sou completamente ateia na verdade. Não acredito em nada do que dizem sobre Deus ser capaz de fazer o que quer que seja de bom às pessoas. Mas a verdade é que eu caio muito. MUITO MESMO.
Acreditem. Os meus amigos gozam comigo porque se fôr preciso, eu caio nas escadas de casa, enquanto as subo. Não, não é a descer, é a subir. Sabe-se lá porquê.
Se estivermos em grupo e houver alguém que tropesse pensam logo que sou eu, mesmo que não o seja. Mas eu não me importo. Nada mesmo. É a minha imagem de marca. Toda a gente que me conheçe minimamente sabe que se há coisa que eu faço bem é caír.
Ontem, quando nos cruzamos com uma certa pessoa que me conheçe de ginjeira, eu disse que já tinha quase caído umas três ou quatro vezes, num espaço de uma hora, ao que ele me respondeu "Isso é normal."...
Se eu não caír por um dia, acho estranho.
Ah, e depois a minha capacidade normalmente entra em acitividade nos momentos mais inoportunos, mais constrangedores e humilhantes! É verdade. Por exemplo, quando nós vemos nos filmes aquelas raparigas muito giras a fazerem uma entrada num bar que tu ficas embasbacado a olhar para a televisão, porque foi uma entrada em grande Eu tive essa oportunidade (não é que seja uma rapariga "boazona", mas uma entrada em grande, é sempre uma entrada em grande) num bar daqueles a que eu comparei na altura aos bares na Inglaterra, pois tinham porta fechada e por dentro quase que cheirava a "britanês" (contudo, eu nunca fui a Inglaterra). Quando agarrei na maçaneta daquela porta, com as minhas amigas atrás de mim, uma sensação de confiança assolou todo o meu corpo. O problema foi que quando abri a porta e ponho um pé dentro do bar, não reparei que havia um degrau. A minha entrada foi por água a baixo. LITERALMENTE por água a baixo, porque eu dei uma queda tão grande que o bar inteiro, que já agora friso que estava CHEIO, ficou a olhar para mim, porque basicamente o que aconteceu foi o seguinte:
Dei um passo em falso e o meu pé torçeu, o meu corpo tombou, não tinha onde me agarrar e lá fui eu, a rebolar pelo chão. Quando dou por mim, estou estatelada no chão, com dores no meu joelho já escafiado anteriormente (mais tarde apercebi-me de que uma nódoa negra do tamanho do meu joelho o cobria, o meu joelho esquerdo é um pobre coitado que sofre que se desunha) e agarrada à perna do empregado do bar que mais tarde vim a descobrir que se chamava Márcio (encontrei a perna do rapaz já eu estava a dois centímetros do chão, possivelmente, porque só me apercebi que estava agarrado a ele como se fosse a minha vida quando estava, de facto, no chão).
Depois de passar essa humilhação, levantei-me, as minhas amigas ajudaram-me e tentaram não rir (enfim..), mas eu, corajosa como sou, fingi que nada se tinha passado e fui ao balcão procurar o que queria e como vi que não tinham, fui embora, como se nada fosse. Ou pelo menos tentei dar a entender isso.
Concluíndo, é pôr a Maguinha num piso molhado, num piso torto, ou então simplesmente pôr a Maguinha a andar e é vê-la a caír.
E para vos ajudar ainda mais, eu também sou muito descoordenada e distraída. Conjuguem tudo e vejam lá se não dá no que eu vos contei...
É isso. Riam-se lá dos infortúnios dos outros por um bocadinho. Eu própria rio-me dos meus desastres, acreditem.

1 comentário:

  1. "encontrei a perna do rapaz" o.o, okaay

    Bom, eu sou das muitas pessoas que assiste a esse infurtunio, as tuas maravilhosas quedas, mas começo a preocupar-me...se isso é um dom, o que será que tens pior que isso?

    Confesso que adoro que sejas tu a que pratica este desporto com afinco. Antes tu que eu, não é verdade?

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