terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

é mais do mesmo.

Estou exausta. Vou-me deitar. Estico-me na cama na esperança de receber uma mensagem dele a dar as boas noites, simplesmente porque estava a pensar em mim.
Ajeito a minha almofada, viro-me de lado, olho para a televisão e faço um rápido zapping, até constatar que o intervalo da novela terminou. Volto a ajeitar o edredon que teima em me incomodar. Sinto o meu corpo a aqueçer e reconheço o quanto gostava que ele me aquecesse durante a noite e me adormecesse com a sua voz, as suas mãos e o seu corpo.
Fecho os olhos e, enquanto simplesmente oiço a novela, imagino que o tenho a meu lado, no meu quarto, na minha cama. O pormenor de termos de sussurrar um para o outro no meu subsconsciente leva-me a crer que ele está, de facto, dentro do meu quarto em segredo. Ninguém sabe que ele lá está, nem o meu pai, nem a minha mãe. Embora, provavelmente eu não aguentasse e contasse à minha mãe tal acto criminal. Digo isto porque já o fiz, quando ainda era feliz a seu lado e, no dia seguinte, não aguentei e contei à minha mãe. Ahh mãe, a minha "BFF" (uma piadinha para este texto lamechas. a minha mãe é de facto a minha melhor amiga, mas o termo BFF é muito mau).
Abro os olhos para confirmar se tal barbaridade que ouvi da televisão era verdadeira e, voltando à realidade, confirmo-a e volto a fechar as minhas pestanas que tanto me ardem. Volto àquela imaginação que me deixa tão feliz, por uns pequeninos instantes, mas logo de seguida me atinge com um vazio enorme, a sensação de ser vulnerável.
A espera infindável acaba quando o meu sono e o cansaço vence. No dia seguinte acordo e procuro o meu telemóvel. Nada.
Repito isto todos os dias e todas as noites, em vão.
Sinceramente, já nem eu sei o que quero.

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