quarta-feira, 19 de maio de 2010

piquenos, piquenas e much, much more.

Não consigo parar em casa. Chego a casa às 20h da noite, senão às 21h, depois de um dia de escola que, para mim, acaba as 13h30 da tarde. Estranho não é? Pois é. Às vezes até acaba mais cedo, porque recentemente aprendi a baldar-me às aulas. E agora percebo porque é que tanta gente se balda. É muito mais construtivo ir até ao Modelo socializar, ir ao Xícara socializar, ou simplesmente não fazer nada para... Socializar. Tudo isso é, de facto, muito mais construtivo do que estar sentada sem fazer nada dentro de uma sala de aula, a ouvir um stor aos berros constantemente a gritar "que barulho é este?!", quando o barulho é ele que o faz.
Depois das aulas vamos almoçar, no Modelo, aquele belo e maravilhoso supermercado onde toda a gente que é fixe daquela escola se encontra e come que nem abades, umas belas pizzas de marca branca com uma coca-cola não-fresquinha a acompanhar. De seguida é hora de fazer de mamã. Eu e a Maria vamos acompanhar as nossas belas piquenas à sua aula de código e esperar uma hora até que elas voltem a saír e seguir num futuro incerto. Futuro incerto? Sim, um futuro de duas horas e pouco mais, mas que é importantíssimo nas nossas vidas. Porquê? Porque é a altura de decidir se vamos ao café ou se vamos para a porta da escola esperar pelos nossos piquenos. Friso que por essa altura já serão 18h e qualquer coisa e que nós saímos das aulas as 13h30. Ultimamente o nosso destino tem-se chamado "portaria da escola". É um sítio espetacular onde alunos, alunas e professores se encontram para fumar um cigarrinho ou simplesmente para, mais uma vez, socializar. Porque a portaria da escola é o sítio para onde os fixes vão, eu também vou, porque sou fixe. Aliás, eu desconfio que fui eu que criei a fixeza daquele sítio. Uma vez à porta da escola, por volta das 18h45, os nossos piquenos saem da sua última aula e vêm ter connosco felicíssimos por nos verem e perceberem que, mesmo tendo saído da escola há muitas horas atrás e vivendo longe desse sítio que, enfim... Não podemos dizer que amamos, viemos ter com eles, porque somos muito queridas e fofinhas e gostamos muito deles. Isto aplica-se principalmente a mim e à Maria, porque a Patt e a Vanessa têm piquenos de outros sítios e não têm paciência para nos aturar, mas como são muito fofinhas e queridas, vêem fazernos companhia. Depois de eles virem ter connosco, cada uma vai por caminhos diferentes e é aí que estamos com os nossos piquenos. Até as 21h, é possível que a Magda se situe algures na Cavaleira, ou simplesmente à porta do seu prédio, com o seu piqueno.
Depois de um dia ocupadíssimo, é altura de ir para casa. Ah, lar doce lar. O cheirinho familiar que me transmite tanto calor e amor. No entanto, no momento em que entro dentro de casa, vou directa ao meu quarto para pôr lá a minha mala, casaco e etceteras e desco as escadas e vou ter com os meus pais para lhes dar uma bela duma beijoca, eis que me dizem logo, com uma cara de ponto de exclamação "isto é que são horas de chegar?". Ora, meus queridos pais que eu tanto amo, desculpem mas, eu tenho uma vida muito atarefada e preciso de cumprir os meus compromissos. Só em dias de teste e naqueles dias (que ainda são alguns) em que só me apetece ficar no sofá deitada com a minha mamã é que fico em casa.



E são estes os meus maravilhosos e lindos dias. Só se tem 18 anos uma vez na vida, não é verdade?

(peço desculpa pelo excesso, mas hoje estou estranhamente com o ego em cima. Normalmente, eu não sou assim, a sério.)

Sem comentários:

Enviar um comentário

solta-te